LEIA E MEDITE:

-"A verdadeira maneira de sermos ludibriados é julgarmo-nos mais inteligentes que os outros" (La Rochefoucauld).

-"O maior pecado do ser humano é ignorar suas forças interiores, seus poderes criadores e sua herança divina. Estuda-te... Vê quanta coisa és capaz de fazer"(O.S., Marden).

-"Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos, possam os outros viver sem você" (AndréLuiz).

-"Há criaturas que, para subirem, descem tanto, que a sua vitória se transforma em derrota" (Paulo Bonfim).

-"A ignorância é o principal fator do erro e do crime" (Sófocles).

-"Quem vive na ignorância, aporta na solidão"(Desconhecido).

quinta-feira, 17 de julho de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

001º- O papa Inocêncio 4º (Sinibaldo Fieschi: 1.243 a 1.254), no século 13, edita uma "bula" (=nome dado a qualquer documento papal), afirmando que o elemento humano da Raça Negra não têm alma e, assim, ao morrer ele ganha o céu...tão mais merecido quanto mais sofrer neste vale de lágrimas.

FONTE: - As lutas do povo brasileiro. Júlio José Chiavenatto. Editora Moderna. Página 8. 1º parágrafo.


002º- A igreja católica: Quanto maior é seu empenho em salvar almas indígenas, mais ela lucra materialmente: 5% de comissão sobre a venda de negros escravos ao Brasil.

FONTE: - As lutas do povo brasileiro. Júlio José Chiavenatto. Editora Moderna. Página 71, 2º parágrafo.


003º- Nos primeiros anos da colonização portuguesa no Brasil, um índio custava apenas 20% do preço de um escravo negro. A igreja católica lutará e defenderá o índio da escravidão portuguesa, mas não defenderá o negro. Por quê? Por causa do que está exposto no item acima, o seu lucro com o tráfico negreiro.

FONTE: - As lutas do povo brasileiro. Júlio José Chiavenatto. Editora Moderna. Página 71, 2º parágrafo.


004º- O papa mais novo: Benedito 9º (1.032 - 1.044)-aos 12 anos de idade.
O papa mais velho: honório 3º (1.216 - 1.227)-aos 90 anos de idade.
O último papa casado: Adriano 2º (867 - 872).
Alexandre 6º (Rodrigo Bórgia - 1.492 - 1.503), papa, tinha 6 filhos sem ser casado.
A papisa Joana (Jeanne), foi eleita em 855 e reinou durante 2 anos e 7 meses. Ela enganou os homens da hierarquia católica. A sua morte foi terrível: é arrastada, viva, por um cavalo em disparada, pelas ruas de Roma. Morre esfolada viva. Foi uma mulher que conseguiu ser papa durante 2 anos e 7 meses.

FONTE: - As lutas do povo brasileiro. Júlio José Chiavenatto. Editora Moderna.


005º- Igreja: essa palavra vem de Ekklesia (idioma grego), que significa as reuniões do governo municipal romano.

FONTE: - As lutas do povo brasileiro. Júlio José Chiavenatto. Editora Moderna. Página 71, 2º parágrafo.


006º- Até o século 3, havia o beijo no ágape dos Saturdias (=Sábados) dos cristãos ("beijos do amor"). Nesse século tal ato assumiu, em virtude de seu caráter "sexual".
No início do cristianismo, as mulheres tinham licença de profetizar, isto é, "falar adiante", quando em estado de transe ou êxtase, emitindo palavras suscetíveis de interpretação piedosa. Isso foi suprimido entre os anos 150 e 200.

FONTE: - A história da civilização: César e Cristo. Will Durant. Editora Record. Página 468, 2º parágrafo.

007º- A missa surgiu como rito, no fim do século dois, das cerimônias semanais dos primitivos cristãos. Ela não existia no cristianismo primitivo.

FONTE: - A história da civilização: César e Cristo. Will Durant. Editora Record. Página 468, 2º parágrafo.


008º- Pão e vinho: Nos mistérios de Mitra (=Deus, no idioma persa. A Pérsia é o atual Irã), os adoradores (=fiéis), receiam pão e água consagrados. O mesmo havia em algumas civilizações do México e do Peru. No início da Idade Média (476 a 1.453), por causa das péssimas condições de higiene, a água foi substituída por vinho.


FONTE: - A história da civilização: César e Cristo. Will Durant. Editora Record. Página 468, 2º parágrafo.


009º- Ichthus (idioma grego) = peixe. Tal símbolo foi escolhido por formas (i-ch-th-u-s) a frase: Iesous Christos Theou uios soter = Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. Demonstrando esta que não é a cruz o símbolo do cristianismo verdadeiro.

FONTE: - A história da civilização: César e Cristo. Will Durant. Editora Record. Página 471, 1º parágrafo.


010º- Provavelmente mais cristãos se mataram entre os anos de 342 e 343, que todos os que morreram perseguidos em Roma.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 8, 1º parágrafo.


011º- Casamento de padres:
"Nos primeiros 3 séculos não se exigia o celibato do sacerdote, que podia manter uma esposa com a qual se tivesse casado antes da ordenação, porém não devia casar-se depois de receber as ordens sacras. Não podia ser ordenado que se tivesse casado com duas mulheres ou com viúva, divorciada ou concubina (=amante). À semelhança de muitas sociedades, a igreja teve também seus extremistas. Reagindo contra a licenciosidade sexual da moral pagã, alguns cristãos entusiastas, depois de lerem uma passagem de São Paulo, chegaram a conclusão de que era pecado qualquer relação entre os sexos. Eles condenaram todos os casamentos e manifestaram sua repugnância pelos sacerdotes casados. O Concílio Provincial de Gengra (ano 362 condenou esse ponto de vista, tachando-o de heresia, porém cada vez mais ia a igreja exigindo celibato para seus sacerdotes. As igrejas recebiam doação de propriedades e, uma vez ou outra, um sacerdote casado pedia que se fizesse o legado em seu próprio nome e o transmitia depois para os filhos. No Sínodo (=Assembléia religiosa de curas e de outros eclesiásticos de uma diocese, por mandado do bispo ou de outra autoridade eclesiástica superior. Vem do latim: Synodus [FONTE: - Dicionário Caldas Aulete. Página 3.382.]), realizado em Roma, no ano 386, recomendou que o clero observasse completamente a castidade, tendo o papa Siríaco decretado um ano mais tarde (ano de 387), que deixassem suas vestes sacerdotais todos aqueles que se casassem ou continuassem a viver com suas esposas."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 41, 1º parágrafo.

Observe que os padres não puderam mais casar (e outros tiveram de abandonar mulher e filhos), porque ao morrer uma parte de seus bens ficava com a viúva e filhos. Dessa forma ao morrer, todos os seus bens iam diretamente para a igreja, deixando a família ao desamparo.

012º- Em alguns lugares do início do cristianismo, a falta de higiene era tanta, que muitos monges e freiras lavavam apenas os dedos. Outros se orgulhavam de, sequer, nunca terem lavado o rosto.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 53.


013º- No século 5 (de 401 a 500), a maior cientista da Biblioteca de Alexandria (Egito), foi uma mulher chamada Hipácia. Ela foi morta pela população exaltada por um monge cristão, fanático. Afinal, uma filha da pecadora Eva, se inteligente, deveria ter parte com o diabo e, assim, deveria morrer.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 55.


014º- Aos 18 anos de idade, Santo Agostinho (354 - 430), teve um filho com sua concubina. Chamava seu filho de Adeodato (=dádiva de Deus), ou "filho de meu pecado." Ele condenava o Livre Arbítrio, a livre vontade de escolher, que todo ser humano possúi.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 57.


015º- Os antigos irlandeses (povo formado séculos antes de Cristo, por colonos gregos e citas), acreditavam na re-encarnação. A igreja acaba com isso.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 74 e 75.


016º- Gregório, bispo da cidade francesa de tours (538 - 594), tachou de pecado o uso de medicamentos para curar as doenças. As doenças deveriam ser curadas, apenas pela reza.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 84.


017º- A igreja cristã de Constantinopla (hoje a cidade chama-se Istambul, na Turquia), a chegou a não batizar atores, por considerá-los (a profissão também), impuros.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 109.


018º- Em 525, Dionísio Exiguus (Dionísio, o Pequeno), propôs um novo método para datar os acontecimentos, partindo-se do ano em que se supunha ter nascido Jesus, O Cristo. A proposta não foi aceita pela Igreja latina (romana, hoje conhecida pelo nome de Igreja Católica Apostólica Romana), até o século X.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 113.


019º- Durante meio século a família de Teofilacto, funcionário-chefe do palácio papal, fez e desfez papas. Sua filha Marózia assegurou a eleição de seu amante como o papa Sérgio 3º (904-911); sua esposa Teodora, conseguiu eleição do papa João 10º (914-918). João foi acusado de ser amante de Teodora, mas sem prova evidente; sem dúvida ele era excelente chefe secular, pois foi quem organizou a coalizão (=união) que em 916 repeliu os sarracenos (=muçulmanos) de Roma. Marózia, depois de ter tido uma série de amantes, desposou Guido, duque de Toscana (Itália); eles conspiraram para depor o papa João 10º; mandaram matar seu irmão, na presença dele; o papa foi lançado à prisão e ali morrer poucos meses depois de causa desconhecida. Em 931 Marózia elevou ao papado João 11º (931-935), considerado geralmente como seu filho bastardo com o papa Sérgio 3º. Em 932, seu filho Alberico prendeu o papa João 11º no castelo Santo Ângelo (em Roma), mas permitiu que exercesse da prisão as funções espirituais do papado.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 477.


020º- Em 897 o papa Estevão 6º mandou exumar (=desenterrar) o cadáver do papa Formoso (891-896), vestilo com manto púrpura e julga-lo, perante um concílio eclesiástico sob acusação de haver infringido certas leis da igreja; o cadáver foi condenado, esfolado, mutilado e jogado no Rio Tibre (que passa por Roma).

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 476.


o21º- Em Narbona (cidade da França), um menino de 10 anos de idade, no ano de 1.061, foi feito arcebispo pagando à igreja 100.000 sólidos (dinheiro de ouro).

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 479.


022°- Nos séculos 9 e 10 o casamento de padres constituía um costume na Inglaterra, na Gália (antigo nome da França) e Itália Setentrional. O papa Adriano 2° (867-872) era casado, e o bispo Ratério de Verona (Verona: cidade italiana), no século 10, informou que praticamente todos os padres de sua diocese estavam casados. No início do século 11 o celibato no clero regular era excepcional. Em Milão (cidade do Norte da Itália), o padre casado tinha maior reputação pública que o não casado; o último era suspeito de concubinagem (=ter amantes).

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 480.


023º- A igreja condenou a venda de cativos cristãos aos muçulmanos mas permitiu a escravização de muçulmanos e europeus não convertidos ao cristianismo. São Tomás de Aquino interpretou a escravidão como uma consequência do pecado de Adão, e economicamente prático em um mundo em que alguns devem trabalhar para que outros possam estar livres e defende-los.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 491.


024º- Em 15 de julho de 1.099, os cruzados invadem Constantinopla (hoje a cidade chama-se Istambul, na Turquia) e: "Coisas admiráveis se verificaram. Numerosos sarracenos (=muçulmanos), (que haviam se rendido) foram decapitados... outros atravessados com flechas ou forçados a saltarem das torres; outros, ainda, torturados durante vários dias e depois queimados nas chamas. Nas ruas viam-se pilhas de cabeças, mãos e pés. Andava-se em toda parte por entre cadáveres de homens e cavalos. Mulheres mortas apunhaladas, crianças de colo arrancadas pelas pernas do seio das mães e atiradas sobre muralhas ou quebravam-se-lhe o pescoço, lançando-as contra postes; e 70.000 muçulmanos que permaneceram na cidade foram dizimados. Os judeus sobreviventes, reunidos numa sinagoga, foram queimados vivos. Os vitoriosos (=os Cruzados, católicos. Lembre-se que as Cruzadas foram feitas pela igreja católica), juntaram-se na igreja do Santo Sepulcro; ali abraçados uns aos outros, choravam de alegria, e alívio, e agradeceram a Deus pelos "favores" recebidos, que culminaram com vitória.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 525.


025º- A justiça feudal era alicerçada nos preceitos católicos. Veja e analise esse trecho:
"As penalidades feudais eram barbaramente severas: havia multas inumeráveis. O encarceramento era usado como detenção, antes do julgamento, mais do que como castigo, mas podia, ele próprio, constituir uma tortura quando a cela estava infestada de vermes, ratos ou cobras. Homens e mulheres podiam ser condenados ao pelourinho ou ao tronco e ser alvo do escárnio público, alimentos deteriorados ou pedras.
A cadeira de mergulho era usada para crimes leves, e como meio de desencorajar mulheres mexeriqueiras. A pessoa condenada era atada a uma cadeira presa numa comprida alavanca e, por meio desta, submergida em um rio ou tanque. Condenados mais graves podiam ser sentenciados, à escravidão nas galés (=navios); seminus e mal alimentados, eram acorrentados aos bancos e compelidos, sob pena de severos açoites, a remar até a exaustão. Açoites em látego (= açoite de correia ou corda), ou vara constituíam castigo comum. A carne - às vezes a face - podia ser marcada com uma letra que estigmatizava o crime; perjúrio e blasfêmia tinham como punição perfuração da língua com ferro em brasa. A mutilação era comum; cortavam-se mãos ou pés, prelhas ou nariz; arrancavam-se os olhos."
A tortura era pouco usada no feudalismo, no início.
A tortura foi restaurada pela igreja católica, no século 13. Roubo ou assassinato eram às vezes castigado com exílio, mas frequentemente com decapitação ou enforcamento; assasinas eram enterradas vivas.
Um animal que matasse um ser humano podia também ser enterrado vivo ou enforcado.
A corte da Abadia de Santa Genovena enterrou vivas 7 mulheres por roubo.
As piores torturas foram feitas pelos monges cristãos.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Páginas 503 e 504.


026º- "Em 1.102, os servos de São Arnout-de-Crépy (cidade da França) recusaram ao abade (=dignidade eclesiástica, o superior, o primeiro prelado nas ordens monásticas), seu senhor, o pagamento da taxa tradicional, ou os impostos de morte, ou ainda, da multa por permitirem que suas filhas casassem fora do domínio." Sim, a igreja católica cobrava, da família e/ou parentes, uma taxa pela pessoa morta (não era a despesa de enterro), além da taxa de nascimento e outras.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 572.


027º- Os Templários, eram cristãos europeus que pertenciam a Ordem do Templo, destruída (por causa da ganância) pelo papa Clemente 5º e pelo rei francês Felipe, O Belo, em 1.307. No caso dos templários ingleses, o papa acima mencionado escreve ao rei inglês Eduardo: -"Sabemos que proibis a tortura, como sendo contrária às leis de vosso país. Mas lei alguma estatal pode sobrepor-se à lei canônica (da igreja católica), à nossa lei. Ordeno-vos (o papa Clemente 5º falando), portanto, que, imediatamente, submeteis esses homens à tortura."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 606, 7ªlinha.


028º- Na época do rei Felipe, O Belo, a igreja católica tinha um quarto das terras da França.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 619, 3ºparágrafo.

029º- "A primitiva teoria cristã que o julgamento dos mortos seria adiado até o dia do Julgamento Final, o fim do mundo, foi substituída pela doutrina de que cada indivíduo seria julgado imediatamente após sua morte."
Por que essa mudança? Simples! Pouco antes de morrer a pessoa (ou a família) fazia uma substancial doação a igreja católica (dinheiro, terras, casas, jóias, etc.), e era perdoada (independente de sua vida boa ou má) e ia para o céu. Com a doação, pagava-se as despesas de algumas missas que iriam interferir, junto ao Criador, em benefício do falecido.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 655, 3ªlinha.


030º- Santo Agostinho concluiu (sabe-se lá com que lógica), relutantemente, que as crianças que morriam sem batismo iam para o inferno.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 656, 1º parágrafo.


031º- "A força do cristianismo reside em oferecer, ao povo, fé em lugar de conhecimento, arte em lugar de ciência, beleza em lugar de verdade."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 659, 2º parágrafo.


032º- Batismo: "No século 9, o primitivo método cristão de batismo por meio de imersão total foi, gradualmente, substituído pelo método de aspersão, menos perigoso à saúde nos climas nórdicos (Noruega, Finlândia, Islândia, Suécia e Dinamarca). O antigo costume de se adiar o batismo, até os anos avançados da vida (para que a pessoa, adulta, tivesse consciência do que estava fazendo), foi, então, substituído pelo batismo na infância."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 660, 1º parágrafo.


033º- Confissão: "A confissão pública praticada no cristianismo primitivo fora substituída, no século 4 (de 301 a 400), pela confissão privada, a fim de poupar os dignatários de embaraços."
Por outro lado, sabe-se que a confissão foi criada (a particular) para que a igreja controlasse melhor o pensamento e as ações de seus subordinados.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 660, 3º parágrafo.


034º- Sobre as indulgências (Dicionário Caldas Aulete, página 1.955 - Indulgência: facilidade, disposição ou tendência para perdoar culpas ou erros, para diminuir penas, castigos, tributos, etc.. Clemência; tolerância; brandura; bondade. Remissão das penas dos pecados concedida pela igreja [católica], em virtude dos méritos superabundantes do Salvador).
Vejamos como a igreja usava a indulgência:
"Às vezes, a instituição era usada para fins políticos, como quando os sacerdotes recusavam a absolvição (= perdão) àqueles que se colocavam ao lado dos imperadores, contra os papas. Em algumas ocasiões, era empregada como meio de inquisição, como quando Carlos Borromeu (1.538 - 1.584), arcebispo de Milão (cidade no Norte da Itália), instruiu seus sacerdotes a solicitarem dos penitentes os nomes de quaisquer heréticos, ou suspeitos de heresia (Herege: o que professa uma heresia; que sustenta um erro em ponto de fé ou dogma; o que professa idéias contrárias às geralmente admitidas; o que não vai à missa nem se confessa; irreligioso), que pudessem conhecer. à medida que o fervor da fé diminuía, as severas penitências religiosas tentavam os penitentes a mentir, e os sacerdotes tinham permissão para substituir as penitências leves, em geral, por alguma contribuição de caridade, para uma causa aprovada pela igreja. A igreja reivindicava o direito de perdoar tais castigos, transmitindo a qualquer cristão penitente que realizasse as obras de piedade estipuladas, uma fração do rico tesouro de graças conquistado pelos sofrimentos e pela morte de Cristo, bem como pelo dos santos cujos méritos sobrepujavam os próprios pecados. As indulgências vinham sendo concedidas desde o século 9 (801 - 900). No século 11 (1.001 - 1.100), foram concedidas também indulgências a peregrinos que visitavam os santuários sagrados. A primeira indulgência plenária (= perdão total) foi concedida pelo papa Urbano 2º, em 1.095, aos que participassem da Primeira Cruzada. Nasceu daí o nome de se conceder indulgência pela repetição de certas preces, participação em certas cerimônias religiosas especiais, construção de pontes, estradas, igrejas, hospitais, derrubadas de florestas, drenagem de pântanos, contribuição para as cruzadas, instituições eclesiásticas, jubileu de alguma igreja, guerra cristã, etc... A igreja comissionava certos eclesiásticos, em geral frades, para que arrecadassem fundos (= dinheiro), oferecendo indulgências em trocas de dádivas. Exibiam, para incentivar as contribuições, relíquias falsas ou verdadeiras, conservando para si próprios uma parte devida ou indevida de suas arrecadações."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 661.


035º- "Mil maravilhas eram contadas do poder da hóstia consagrada para afastar demônios, curar enfermidades, apagar incêndios e denunciar, afogando-os os perjuros."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 662, 1º parágrafo.


036º- As mais antigas preces cristãs são o Padre-Nosso e o Credo. Em fins do século 12 (1.101 - 1200), surge a Ave Maria. Depois da primeira Cruzada (1.095), veio do Oriente o rosário (origem budhista, Índia). Daí para frente, surge um volume cada vez maior de preces, hinos e cânticos de louvor. No século 10 (901 - 1.000), a igreja já havia canonizado 25.000 santos.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Páginas 663 e 664.


037º- "Com tantos santos, deveria haver, forçosamente, muitas relíquias: seus ossos, cabelos, vestes ou qualquer coisa que tivessem usado. Esperava-se que cada altar contivesse uma ou mais dessas lembranças sagradas. A basílica de São Pedro (em Roma, Itália), vangloriava-se de possuir os corpos de Pedro e Paulo, o que fazia de Roma o principal objetivo das peregrinações européias. Uma igreja, em Santo Omer, dizia possuir pedaços da Verdadeira Cruz, da lança que perfurara o corpo de Cristo, de seu berço e de seu túmulo, dos manás que caíram do céu, do cajado de Aarão, do altar em que São Pedro celebrara missão, do cabelo, do capuz, da camiseta, e da mecha do cabelo retirado da tonsura de Tomás Beckt, bem como as pedras originais em que os Dez Mandamentos foram traçados pelo próprio dedo de Deus.
A catedral de Amiens (cidade na França), tinha, em um santuário, a cabeça de São João Batista, sobre uma taça de prata. A abadia de São Dionísio abrigava a coroa de espinhos e o corpo de Dionísio, o Areopagita. Três igrejas, distintas, na França, afirmavam quardar o corpo completo de Maria Madalena; e cinco igrejas, também na França, garantiam possuir uma relíquia autêntica da circuncisão de Cristo. A catedral de Exeter exibia pedaços da vela que o anjo do Senhor usava para iluminar o túmulo de Jesus, bem como pedaços do arbusto de trás do qual Deus falou com Moisés.
A abadia de Westminster (Londres) tinha um pouco do sangue de Cristo, e um pedaço de mármore com o sinal do pé do Senhor. Um mosteiro, em Durhan, exibia uma das juntas de São Lourenço, o carvão que queimara, a bandeja em que a cabeça de São João Batista fora apresentada a Herodes, a túnica da Virgem e uma pedra em que havia sinais de seu leite.
As imagens de Constantinopla (hoje a cidade chama-se Istambul, na Turquia), antes de 1.204 eram particularmente ricas em relíquias: tinham a lança, ainda manchada de sangue, que ferira o Cristo, a vara com que Ele fora vergastado, muitos pedaços da verdadeira cruz em relicários de ouro, alguns fios da barba de Jesus, o braço esquerdo de São João Batista...
Atribuíam-se a todas as relíquias poderes sobrenaturais, contando-se centenas de histórias a respeito de seus milagres.
Homens e mulheres procuravam com afã mesmo as mais insignificantes relíquias. ou até mesmo relíquias, para usar como talismãs mágicos: um fio de vestuário de santo, um pouco de pó de relicário, uma gota de azeite de alguma lâmpada de santuários. Os mosteiros competiam e disputavam entre si na reunião de relíquias e em sua exibição a fiéis generosos, pois a posse de relíquias famosas fazia a fortuna de qualquer abadia ou igreja. Um negócio assim tão proveitoso atraía muitos praticantes: milhares de relíquias espúrias foram vendidas a igrejas e indivíduos - sendo que os mosteiros eram tentados a "descobrir" novas relíquias, quando necessitavam de fundos.
A culminação do abuso foi o desmembramento de santos mortos, a fim de que vários lugares pudessem gozar de seu patrocínio e de seu poder."

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Páginas 664 e 665.


038º- Após o reinado de Carlos Magno (742 - 814. Viveu 72 anos), todas as terras seculares da cristandade latina, tinham de pagar, de conformidade com a lei do Estado, uma décima parte de sua produção ou rendas, à igreja local. Todas as paróquias, depois do século 10 (901 - 1.000), tiveram de remeter parte de seus dízimos ao bispo da diocese e estes para Roma.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 684, 2º parágrafo.


039º- Não era fora do comum uma catedral, mosteiro ou convento possuir vários milhares de mansões, inclusive uma dezena de pequenas cidades ou mesmo uma ou duas grandes cidades. Os papas contribuíram, também, para o empobrecimento dos bispados, taxando-lhes as propriedades e rendas, a princípio para financiar as Cruzadas, depois para pagar as despesas cada vez maiores do papado. Os papas tinham o direito de, em certos casos, contrariar as disposições das leis canônicas (leis da própria igreja), sobre os casamentos entre pessoas consangüíneas, casamentos essas a que davam sua aprovação quando isso lhes parecia conveniente para fins políticos. Os interessados pagavam-lhe emolumentos (dinheiro) para o processo legal que isso envolvia. Aos pobres, isso era negado.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 685 - toda.


040º- Calcula-se que a renda do papa era em 1.250, maior do que o total das rendas de todos os soberanos seculares (reis) da Europa. O papa recebeu em 1.252, da Inglaterra, uma soma que era o triplo da renda da coroa inglesa.

FONTE: - A história da civilização: A idade da fé. Will Durant. Editora Record. Página 686 - 3ª linha.